Neste domingo, 8:20 da manhã, Internacional e Barcelona vão jogar pela coroa do futebol mundial. O duelo marca o encontro do melhor time do Brasil na temporada contra o melhor time do mundo na atualidade. De um lado, o conjunto e a força física do time gaúcho, que promete não sucumbir ao poderio catalão. Do outro, um Barcelona querendo apenas confirmar sua supremacia nos gramados do mundo e garantir o único título que lhe falta na história.
Em primeira análise, parece uma barbada a vitória do time espanhol. Mas isso não parece uma verdade absoluta e irrefutável. O Barcelona também patina e se Ronaldinho não estiver num dia inspirado pode complicar. Uma coisa é certa: se Messi e Eto’o estivessem em campo, o favoritismo seria absurdo. Com Giuly e Gudjohnsen, a força do ataque fica limitada. A zaga do time azul e grená também não é muito confiável, tendo certa dificuldade quando há o enfrentamento direto com atacantes velozes, como é o caso do jovem Alexandre Pato e do experiente Iarley.
Resta saber se Abel Braga, técnico do Inter, vai armar o time na trincheira ou se vai de igual para igual. Com forte marcação, acredito que seja interessante ao Inter jogar no contra-ataque, mas fazendo esta marcação já no campo do Barça. É vital destacar um homem para a marcação individual de Ronaldinho. Sem descuidar do português Deco, que desequilibrou na semi-final contra o América do México. Mas este pode ser observado por zona, por não apresentar um repertório tão vasto como o de seu companheiro.
O colorado gaúcho tem um homem que pode desequilibrar: Fernandão. Entrosado com Iarley e Pato, ele sempre cria situações de perigo quando a bola passa por seus pés. Apesar de não possuir um grande time, com jogadores questionáveis, como o experiente Clemer, o incógnito lateral Ceará e o rodado Rubens Cardoso, a garra gaúcha e alguns de seus talentosos jogadores podem fazer a diferença para vencer o Barça. Basta acreditarem nisto. É muito difícil, mas não impossível.
O Inter foi o melhor time do Brasil na temporada. Foi campeão ou vice de tudo que disputou. Vice gaúcho, campeão da Libertadores e vice do Brasileirão. Para os supersticiosos, pela seqüência, vem título por aí.