Foto pública retirada de flickr.com
O Boca Juniors, da Argentina, sagrou-se campeão da Taça Libertadores da América de 2007, com duas vitórias nas finais contra o Grêmio de Porto Alegre, por 3 a 0 em La Bombonera, Argentina, e por 2 a 0 no Olímpico, Brasil.
Desde o princípio deste campeonato, nenhum time se destacou. E assim terminou. Sem destaque coletivo. Alguns times chamaram atenção, como o bravo vice-campeão Grêmio, o surpreendente Cúcuta, da Colômbia e o próprio campeão, o tradicionalíssimo Boca Jrs. Mas nenhum deles teve brilho de grupo, aquele futebol refinado que pouco, ou nunca, se vê hoje em dia. Não fosse por Riquelme.
O jogador argentino foi contratado por empréstimo, no início do ano, junto ao Villareal da Espanha, onde estava em baixa. E que investimento. Por quatro meses, o Boca gastou US$ 2 milhões para ter Riquelme. Saiu campeão e vai para o Japão disputar o Mundial.
Com craques é assim. Custo-benefício imediato. Craques de verdade. Riquelme é o melhor jogador pós-Maradona na Argentina. Como a maioria dos gênios da bola, seu temperamento algumas vezes o atrapalhou. Não por ser explosivo, rebelde. Riquelme parece sempre deprimido, o que lhe confere, para alguns críticos, um status de omisso em momentos decisivos. Mas explode em felicidade em algumas situações, como no título conquistado na noite desta quarta-feira.
Decisivo, brilhante, exuberante, sensacional. Riquelme fez três gols dos cinco marcados nesta decisão. E ainda fez mais. Participou decisivamente nos outros dois gols. Em resumo, é o dono da taça, do campeonato. O dono da bola. Mostrou como um craque faz diferença. Apesar da imensa alegria pelo sexto título, os torcedores da equipe argentina terão uma ponta de tristeza. Riquelme está de malas prontas para a Europa novamente. Foi um legítimo “vim, vi e venci”. |