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RELAÇÕES HUMANAS
domingo, novembro 12, 2006
Imagem de internet sem crédito no site: http://br.geocities.com/saladefisica7/funciona/elevador.htm


Em um prédio de classe média, uma pessoa encontra-se no hall dos elevadores, enquanto outra, moradora do prédio, está a caminho do mesmo, após passar pelo portão. O elevador chega e a pessoa entra correndo e fecha porta. A outra bate na porta e esbraveja: “Você vai ver! Na próxima vez que estiver próximo ao elevador e eu na porta, vou entrar e deixar você de fora também!”

Isso acontece todo dia, podem notar. No seu prédio, no seu trabalho, na sua faculdade, em qualquer lugar que você estiver. O caso do elevador é emblemático e serve para pensarmos como vão as relações humanas diárias, as corriqueiras.

O mundo reflete o comportamento de seus habitantes. Quantas vezes passamos por pessoas conhecidas e não damos nem “bom dia”? É o mínimo. Educação e cultura estão completamente afastadas nesta análise. Existem pessoas com excelente nível cultural que nem olham para cara das outras. Outras, de nível cultural reduzido, que são mais solícitas. Mas a intenção aqui não é separar A ou B. Somos todos seres humanos e falhamos diariamente na tarefa mínima de conviver. Apenas conviver.

Se somos incapazes de manter relações diárias com pessoas da mesma espécie somos muito inferiores aos outros animais e, até mesmo, às plantas. Como vamos sentar num bar e debater a situação política ou a desigualdade social se quando vamos ao banheiro furamos a fila? Como vamos falar de pobreza e falta de instrução do povo se vamos ao shopping e deixamos a bandeja na mesa da praça de alimentação, ao invés de jogarmos nosso próprio lixo fora?

Tenho a sensação de que convivo com outros seres, que não os mesmos que eu. Às vezes, por excesso de convivência, já me vi praticando coisas parecidas com as que relatei acima. Mas isso não pode acontecer. Precisamos mudar isso. E como temos que começar? Cornetando, brigando, discutindo? Não. Temos que começar a mudança de dentro para fora.

Experimente aguardar a pessoa que vem da rua, como você veio, chegar até o elevador para subirem juntas. Recolha seu próprio lixo quando for comer em algum lugar que proporcione isto a você. Respeite a fila do banheiro do bar. Não tente se dar bem sobre uma pessoa distraída que esteja na sua frente na fila do restaurante esperando uma mesa. Chega disso tudo.

Repararam como estou falando de coisas mínimas? Não dá para querer que políticos promovam a igualdade social se ao menos não soubermos conviver! O erro está na base. Já quando criança você ensina seu filho a se dar bem. Cansei de ver em consultórios pediátricos de classe média, desses que deixam brinquedos na sala de espera para distrair os pequenos pacientes, a mãe dizendo para outra criança que tenta brincar com seu filho: “Ele pegou o brinquedo primeiro, vá brincar com outro, tem vários ali.” Isso dá náuseas. E é assim que a criança cresce. Individualista, chorona, mimada. E é assim que ela vai formar sua personalidade. E é por isso que o mundo está na podridão atual.

Experimente, então, fazer com que seu filho brinque com outra criança. Promova a união desde baixo. O respeito, a idéia de que seres humanos são de uma raça única, assim como os leões, as zebras, os cachorros. Animais como todos eles, mas com capacidade de pensar. Que se use esta peculiaridade de forma minimamente aceitável. E, quem sabe, daqui há alguns anos eles vão esperar alguém que vem de longe para pegar o elevador... e promovam, enfim, um mundo com igualdade social!

Do jeito que o mundo está, merecemos tudo de errado que acontece. Aquecimento global, corrupção, violência, capitalismo selvagem, entre outros. A culpa é exclusivamente do ser humano. Esta raça que esqueceu que é perecível, mortal. O planeta já está respondendo. Catástrofes ambientais são cada vez mais freqüentes. E tudo isso por quê? Porque não há respeito e nem vontade de conviver. Faça o exercício de ser mais solidário com as pessoas que estão a sua volta. Viva melhor. Só assim será possível mudar o rumo de tudo. Pensem nisso.
posted by S. N. @ 13:57   2 comments
O Autor

Nome: S. N.
Local: Rio de Janeiro, Brazil
Sobre o Autor: Jornalista.

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