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FIM DOS TEMPOS - M. NIGHT SHYAMALAN
domingo, junho 22, 2008
O indiano M. Night Shyamalan mostra em “Fim dos Tempos” porque deve ser considerado um roteirista e diretor de primeira linha. Une o trash, o sentimental, o bem-humorado e o estudioso na mesma sala de cinema.

Era exatamente esse o perfil da sessão que acabo de assistir com minha namorada. Casais, como nós, idosos e adolescentes reagiram, cada um a sua maneira, ao filme que trata de uma crise ambiental de larga escala, onde seres humanos atingidos por uma toxina natural cometiam suicídios coletivos.

Shyamalan choca a todos que assistem ao filme com cenas de terror total. Entre as maneiras que os humanos usam para se matar estão das mais bizarras, como: tirar o prendedor do cabelo (essa é logo a primeira!) e enfiá-lo no pescoço e ligar um cortador de grama, deitando-se em sua trajetória; às mais simples: atirar na própria cabeça, cortar os pulsos ou pular de um prédio.

No meio desta loucura, um casal em crise, vivido pelos atores Mark Wahlberg (Elliot), Zooey Deschanel (Alma) tenta escapar da toxina letal de trem, junto com um amigo e sua filha, interpretada pela jovem Ashlyn Sanchez (Jess). O amigo, em um momento do filme, resolve voltar uma parte do caminho, para uma cidade já provavelmente afetada pela toxina, a fim de buscar sua mulher, com quem havia perdido o contato telefônico. É assim que o trio principal do filme se forma e vive as mais loucas situações para fugir da morte.

Entre estas situações diversas, momentos de romance e comédia se intercalam com tragédia, angústia e terror. É a dose certa de um homem que faz a leitura exata do momento que a humanidade vive: o da paranóia. Todos imaginam que a toxina seja fruto de um ataque terrorista. Detalhe crucial: o filme se passa na região nordeste dos Estados Unidos, principalmente em Nova Iorque, alvo do maior ataque terrorista de todos os tempos, em 11 de setembro de 2001, quando aviões derrubaram as duas torres do World Trade Center.

Com estes ingredientes, o casal outrora estremecido, em uma situação de extremo perigo, descobre que possui o verdadeiro e puro amor. Junto com a menina, formam uma família, onde o amor é puro e incondicional. O filme sugere que essa catástrofe ambiental e as ações negativas do ser humano podem ser resolvidas com o verdadeiro amor entre as pessoas. Para completar, um especialista falando à TV repete a frase do aluno mais desligado de uma sala de aula de ciências, onde Elliot lecionava, para explicar o fenômeno cientificamente, em que Shyamalan quer dizer que qualquer um sabe todos os males que faz e suas respostas. Genial.
E é com mais um filme difícil, tenso, amarrado e cheio de variáveis que M. Night Shyamalan se lança nas telonas. Mas deixando sempre inteligentes mensagens para quem as quiser. São tão claras que parecem ocultas. São tão ocultas que estão na nossa cara. Viva Shyamalan!
posted by S. N. @ 01:14   2 comments
O Autor

Nome: S. N.
Local: Rio de Janeiro, Brazil
Sobre o Autor: Jornalista.

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