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VALE AVIÃO
quarta-feira, abril 22, 2009
Na tarde desta quarta-feira, 22 de abril, em uma sessão da Câmara dos Deputados, o parlamentar Sílvio Costa (PMN-PE) expressou toda a sua indignação com algumas míseras providências tomadas pela mesa-diretora da casa, particularmente com aquela que proíbe o uso da cota de passagens aéreas dos deputados por seus familiares.

O deputado de Pernambuco chegou a dizer que assim ele se separaria, já que a esposa não iria poder viajar com o dinheiro público até Brasília para passar suas gravatas e desfrutar de sua companhia. Para completar, o parlamentar afirmou que seus eleitores sabiam que ele era casado quando nele votaram. O deputado textualmente afirmou: “Não é justo que as mulheres e os filhos dos parlamentares não possam vir a Brasília.”, segundo o site G1.

O salário de um deputado hoje é de R$ 16.500,00. Caro leitor, você ganha isso? Creio que menos de 1% responda “sim”, se houver alguém. Sem falar nos auxílios e verbas indenizatórias, dentre as quais, o “vale avião”. Agora percebam que na fala do deputado, aparece a expressão “não possam vir a Brasília”. Quem os proibiu de ir a Brasília? Será que com um salário de R$ 16.500,00 não é possível pagar passagens para os familiares? Vamos a alguns cálculos simples.

Levando em conta que a renda do deputado Sílvio Costa seja a única da família, sua esposa poderia visitá-lo de quinta à terça, já que não trabalharia para pagar suas próprias passagens. Voando pela Gol, pagando a tarifa mais em conta, coisa que todo brasileiro de bom senso faz, o deputado gastaria R$ 757,24 por fim de semana que sua esposa o visitasse. Se percebermos que o deputado possui verba para voltar ao seu estado e se este fizesse um simples revezamento com sua esposa, ele iria duas vezes e ela viajaria na sua direção outras duas. Computando um gasto mensal para o “pobrinho” deputado de R$ 1.514,48. Se neste período a mulher do deputado viajasse com um acompanhante, na conta do parlamentar, este gastaria R$ 3.028,96 por mês.

Por R$ 3 mil mensais, caso a esposa do deputado tenha medo de avião e precise de alguém para lhe abraçar durante o voo ou segurar sua mão, o parlamentar prefere se separar. Ou então pedir a palavra no plenário e, ao invés de trabalhar, conforme sua irreal remuneração lhe obriga, vociferar contra a mesa-diretora que tenta abafar mais um escândalo com uma medida de fachada.

A velha pergunta retorna: de quem é a culpa? Nossa. A culpa é nossa. Nós, que não estudamos em quem votamos. Nós, que votamos em alguém porque um amigo conhece o candidato. Nós, que não nos lembramos em quem votamos para deputado federal em 2006. O Congresso Nacional é a baderna que é por culpa nossa. E só tende a piorar, uma vez que nada acontece com cidadãos como este senhor Sílvio Costa, deputado pelo estado de Pernambuco, que deveria, no mínimo, ser descontado de seu dia de trabalho por não ter trabalhado, mas sim ter pedido a palavra para gastar R$ 3 mil por mês do meu e do seu dinheiro, ao invés do dele. Que aliás, também é nosso. VAI TRABALHAR, VAGABUNDO!

Reflitam...
posted by S. N. @ 21:48   0 comments
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Nome: S. N.
Local: Rio de Janeiro, Brazil
Sobre o Autor: Jornalista.

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