A visita do presidente dos EUA, George W. Bush ao Brasil foi rápida, intensa e, como era de se esperar, com muitos transtornos. Etanol à parte, Bush parou São Paulo por dois dias, considerando que às 24 horas estão nos inícios de noite de quinta e sexta passadas. E Lula parecia estar maravilhado com a presença do americano em solo brasileiro.
Ambos falaram muito sobre “fazer o bem à humanidade”. Lula, às vezes, deve pensar nisto mesmo. Tem iniciativas sociais que, apesar de paliativas, são demonstrações de preocupação com o bem das pessoas. Mas Bush falar em fazer o bem à humanidade? Apenas algumas ações recentes do governo americano, antes e durante Bush, para ilustrar:
- Não assinou o Protocolo de Kioto;
- Guerra do Golfo;
- Guerra do Iraque;
- Vasto apoio a Israel na idéia de combater a formalização o Estado Palestino.
Há alguma humanidade nestas ações? Bush acredita que o mundo todo é inferior aos EUA. E veio ao Brasil mostrando como vê o Brasil. Cercado de seguranças, fechando ruas, fazendo diversas exigências. Enquanto isso, Lula vai aos EUA e anda até a pé nas ruas.
Para se fazer parceria com um país como os EUA é preciso muito cuidado. Eles nunca entram para perder. Estão sempre pensando em alguma maneira de derrubar o parceiro. Quando alguma coisa foge das mãos deles, usam a força. Se o Brasil se destacar muito na produção de biocombustíveis e, num vago momento, ameaçarem 5% a influência dos EUA no mundo capitalista, terá sérios problemas. Os antigos parceiros, como Iraque, Afeganistão e outros, estão sofrendo o outro lado da moeda. É bom o Brasil abrir o olho, porque, se desagradar aos americanos, pode se tornar, até mesmo, alvo de intervenção bélica dos “donos do mundo”.