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DIREITOS HUMANOS?
terça-feira, novembro 13, 2007
“A imagem do helicóptero atirando é claramente uma ação de execução sumária”, acusa Sandra Carvalho, diretora-executiva da Justiça Global. “Se eles estivessem armados, deveriam ter sido ser contidos. Ou seja, existem outras formas de contenção, que não a execução sumária de pessoas”, justifica.
Fonte: globo.com/fantastico


A fala da diretora-executiva da Justiça Global, Sandra Carvalho, refere-se a uma ação policial desenvolvida no dia 17/10, na favela da Coréia, Zona Oeste do Rio de Janeiro. Nesta operação, policiais perseguiram bandidos em um matagal, com um helicóptero. Agora, vamos raciocinar: por que será que os rapazes, tratados como “supostos” bandidos pela hipócrita mídia nacional, estavam correndo para um matagal, fugindo da polícia? Será que eram traficantes? Será que eram pessoas que matam outras pessoas diariamente? Será que eram pessoas que são intimamente ligadas ao estado de guerra civil em que se encontra o Rio de Janeiro?

Justiça Global é um movimento internacional que defende os direitos humanos. É intimamente ligada a políticos cariocas, como Chico Alencar, Marcelo Freixo, entre outros. Possui sede em Copacabana, certamente uma boa sede. E é do alto destes escritórios, em Copacabana e em outras belas praças mundiais, e de gabinetes de deputados muito bem remunerados, que profere seus relatórios e declarações. Assim é fácil.

O problema de violência do Rio esmaga os direitos humanos. Mas a polícia, em uma análise minimamente equilibrada, é o ponto final. Traficantes dominam a cidade, aterrorizando os moradores da favela e do asfalto. Quando um bandido morre, nenhum comércio local abre. Se algum morador do morro dá entrevista falando sobre o tráfico, no dia seguinte é morto. Se um policial passar por perto do morro vira alvo. Ou seja, morre. Sumariamente. Sem defesa.

A sociedade precisa apoiar a polícia correta, que busca coibir as práticas bandidas. Perseguir e matar bandidos faz parte do trabalho. Ainda mais quando eles estão em fuga, como foi o caso do morro da Coréia. Bandidos estavam correndo para fugir da polícia. Alguém acha que se gritassem “Entreguem-se!” eles parariam e levantariam os braços? Só resta ao policial, neste caso, atirar.

Será que o Justiça Global soube que um policial tentou salvar um menino de 4 anos que foi baleado por traficantes durante o tiroteio com a polícia? Não pode, certo? Defender policial está fora de cogitação. Só pode defender bandido. Bandido é coitado. A tal organização devia tentar apresentar um projeto educacional ao governo, buscar ações sociais, ao invés de viver de discursos partidários utópicos.

Outra entidade que criticou a ação policial foi a Ordem dos Advogados do Brasil, que defende tanto os bandidos, que seus membros vivem concedendo hábeas corpus a torto e a direito. A soberba do mundo jurídico é absolutamente hipócrita. São raros os magistrados que tem alguma consciência social. A grande maioria vem de famílias ricas, bem posicionadas. Acho que a grande maioria não sabe nem o que é andar de ônibus. Assim, também, é fácil. Uma pergunta simples: O monopólio da força não é do Estado? Isso é texto de lei. Se alguém está armado e atirando contra a polícia deve ser combatido. A OAB não sabe nem as leis que regem o país.

Quase um mês depois, no dia 09/11, em uma nova operação em favelas, desta vez no morro do Adeus, em Ramos, subúrbio do Rio, o policial civil Eduardo Henrique Matos foi assassinado dentro do helicóptero da corporação. O tiro foi disparado por um bandido que estava em terra e faz parte de um grupo seleto de bandidos treinados para atirar a longa distância. O mais impressionante é que nenhuma das entidades, que tanto gritaram quando houve o outro enfrentamento, se manifestou.

A cada dia que passa as entidades de “direitos humanos” são altamente políticas e direcionadas. Só defendem bandidos ou, em raras ocasiões, pessoas atingidas por bala perdida. O Rio de Janeiro é uma selva, uma guerra. E a polícia tem que entrar nas operações com rigidez. É inevitável. Não dá para negociar com bandidos que andam armados e atiram a qualquer sinal da polícia. É preciso responder a altura.
Pessoalmente acho a situação atual irreversível. Algo como gato e rato. Uma perseguição eterna, sem nenhuma perspectiva de final feliz. O povo não tem educação, instrução, oportunidade. O Brasil aderiu de cabeça ao capitalismo selvagem dos países dominantes. Abre-se espaço, então, para a bandidagem, que alicia jovens que querem dinheiro e fama na comunidade. O dia que buscarem resolver as questões sociais de fato, será possível virar o jogo. Senão, só resta atirar.
posted by S. N. @ 13:11   1 comments
O Autor

Nome: S. N.
Local: Rio de Janeiro, Brazil
Sobre o Autor: Jornalista.

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