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CORUJA DOS FATOS IV
domingo, junho 24, 2007
Arte e Foto de Alvim Bellis
Mais uma vez os aeroportos brasileiros foram cenários de horas de espera, irritação e viraram dormitórios. A crise, que se arrastou pela última semana, tem uma duração que já chega a nove meses. O mais interessante é a reação do governo: endurecer com os controladores. Tratar como total insubordinação qualquer entrevista dada por controlador reivindicando melhores condições de trabalho; punir severamente os que se recusarem a operar o sistema.

Em se tratando de condições normais, poderia até se considerar uma medida para por "ordem na casa". Mas a culpa do caos é dos controladores? Já foi noticiado, mostrado por emissoras de TV, largamente discutido pela internet, que as condições são realmente precárias. Aparelhos que não funcionam, controladores sobrecarregados. Sistema falho que levou à morte de 154 passageiros de um vôo comercial em setembro do ano passado.

O que o governo espera? Mais um acidente? Porque alimentar a lógica do “ponha no ar e pronto” é procurar mais um acidente. É preciso mexer na estrutura, esquecer os resquícios de ditadura que existem nos comandos militares brasileiros e alterar drasticamente o sistema como um todo, sob pena de termos mais uma tragédia em breve.

Sinceramente, só de olhar para o Comandante da Aeronáutica e para o Ministro da Defesa já dá para entender porque as coisas não caminham para a modernidade no setor...

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Se você estiver lendo este texto no domingo, dia 24/07, perceberá que já se chega a 54 dias de ocupação no Complexo do Alemão, conjunto de favelas no subúrbio do Rio. Não se assuste, é isto mesmo. São 54 dias.

Pensemos juntos: o que a polícia faz por lá? Consideremos, então, para as respostas, os seguintes aspectos: os traficantes continuam atirando contra a polícia com o mesmo ímpeto do começo, o que revela um poderio impressionante, já que se supõe que não estejam entrando munições na favela com a polícia monitorando os acessos; as aulas ou são totalmente suspensas ou só ocorrem em breves períodos, o que prejudica a educação dos poucos que ainda têm chance por lá; pessoas inocentes são baleadas quase todos os dias em confrontos. Posiciono-me a favor do enfrentamento entre polícia e bandido, mas que seja para acabar e não para administrar, como está parecendo.

Alguém consegue ver a inteligência descrita pelo alto comando da PM do Rio, que diz que a ocupação é estratégica? Pode até ser, mas reforça a teoria de que os traficantes dão de dez a zero na polícia quando o assunto é “guerra”...

Fala-se em teleférico e obras sociais por quatro anos. Sob os olhos do Caveirão, logicamente. Enquanto isso, Pan-americano, Cristo como maravilha, Copa do Mundo e até Olimpíadas...

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Que coluna trágica, vamos ao futebol... Tendência de desfecho trágico também. A Copa América, a ser disputada na Venezuela, começa esta semana e o Brasil irá com um time cheio de novidades, o que significa perigo. Os goleiros não passam segurança, a zaga precisa se entrosar, os laterais são nada mais que regulares. Vai ser difícil vencer alguma partida sem tomar gol.

Do meio para frente a coisa melhora. Gilberto Silva e Mineiro dão segurança. Elano e Diego categoria e bons passes. Robinho é a estrela e Vagner Love o “fazedor” de gols.

Mas comecem a rezar para que ninguém se machuque. Vários reservas são... bom, o tempo dirá.

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Uma matéria no mínimo curiosa chamou minha atenção no jornal Folha de S. Paulo neste sábado. Tratava-se de um protesto, organizado por evangélicos, em Campina Grande, na Paraíba, contra a maneira como se encara o homossexualismo hoje em dia, como “padrão normal e natural”, e também contra um projeto de lei que “equipara a homofobia ao racismo” (FOLHA). Tudo muito bem até aqui, qualquer um pode se expressar, protestar, ou algo do tipo, sobre qualquer tema, segundo princípios democráticos.

O inusitado aconteceu quando um grupo de homossexuais plantou-se às margens do local onde os evangélicos estavam. Levavam dizeres como “Pecado é não respeitar” e “Preconceito Não”.

Eximindo-me de qualquer predileção por um dos dois lados, o que importa é que possamos expressar nossas opiniões sempre que desejarmos. Obviamente com responsabilidade e princípios éticos. Se pensarmos com calma, veremos que o nosso raciocínio é a única coisa que não nos tirarão nunca. Opinar é sempre válido.

Mas que tentar argumentar algo com evangélicos ou homossexuais contra suas tendências é difícil... isso é! Briga de cachorro grande!

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Esta coluna se recusa a comentar assuntos de corrupção no Congresso Nacional. Sem provas, só no feeling, apostaria que pelo menos 95% dos políticos do Brasil estão envolvidos em alguma operação duvidosa.
Só reflitam sobre a afirmação: a imprensa derruba qualquer um. (Desde que interesse.)

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posted by S. N. @ 01:20   0 comments
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Nome: S. N.
Local: Rio de Janeiro, Brazil
Sobre o Autor: Jornalista.

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