Foto de Colville-Andersen - Manifestação em Copenhagen - Dinamarca
Protestos, indignação e muitas passeatas. Este é o panorama do mês de março, mês de aniversário da invasão americana no Iraque, que já dura 4 anos.
Só para lembrar, esta invasão foi justificada pelos americanos com base em um relatório de autoridades internacionais ligadas à ONU, onde se diagnosticava um programa de armas químicas no país asiático. O tempo passou e nenhuma bomba, ou algo parecido com isto, foi encontrada. Então, passou-se a dizer que os EUA livrariam o Iraque de Saddam Hussein, tirano daquele país.
Com estas falsas justificativas, os americanos se mantiveram por anos no Iraque. Ao fim delas, outras foram criadas. A única que os EUA tentam aplicar, ainda, é de promover a democratização do país.
Conceitualmente, democracia significa governo do povo, poder do povo, ou qualquer aproximação a isso. Democracia significa liberdade, harmonia, paz. Significa diretos iguais, direitos humanos, direitos preservados. E nada disso acontece no Iraque hoje. Os americanos estão transformando um Iraque num campo de treinamento de guerra. Matam e são mortos como num vídeo-game.
O grito de muitos pacifistas nas manifestações ao redor do mundo é coerente e simples. A paz deve ser devolvida ao Iraque. Não adianta querer ocidentalizar uma cultura. Querer anular suas próprias diferenças internas. As manifestações pedem, além de paz, respeito entre os povos.
O respeito consiste em preservar soberanias em âmbito mundial. Não ultrapassar fronteiras. Nenhum país do mundo pode se imaginar intervindo em outro por meios militares. Não unilateralmente, como está sendo feito no Iraque. O ódio que os EUA estão alimentando em uma região tão conturbada, pode trazer problemas infindáveis para a nação americana que, hoje, ela própria, rejeita a guerra em ampla maioria.
Esta guerra precisa chegar ao fim já. Ou melhor, já era para ter acabado. Pensando bem, nunca devia ter acontecido. |