Vários temas estão nos jornais, essa semana, pedindo um artigo: a “novela” do assassinato do milionário da mega-sena, a guerra civil no Rio de Janeiro entre PM, PMilícia, e traficantes, a derrota do Brasil para Portugal, o aquecimento global.
Sinceramente, não vou escrever sobre nada disso após ver a belíssima imagem de duas pessoas, mortas há cerca de 5 mil anos, abraçadas, num gesto de puro amor e devoção.
Em um primeiro momento, o que se vê são dois esqueletos, símbolo de morte e horror para a maioria das pessoas. Mas a ternura que existe neste quadro, e que chega a nós graças ao trabalho de arqueólogos, que escavaram o local, no norte da Itália, e da imprensa, que fotografou, é tamanha, que deveria nos inspirar a fazer um mundo melhor.
Nada ainda está provado, mas eu foco na idéia de ser um casal e eles parecem estar se olhando e sorrindo por todos estes 5 mil anos, um para o outro. Eles podem ter sido vítimas de uma tragédia, como uma enchente, podem ter ficado presos num deslizamento de terra, e, sem ter como escapar, resolveram simplesmente morrer juntos, abraçados, simbolizando o amor que sentiam. E se fossem irmãos, a idéia seria a mesma. Se fossem amigos, também. O amor emana deste cenário em quaisquer das opções apresentadas.
E é exatamente isto que falta, a todos nós, hoje em dia. Amor, conseqüentemente humanidade. Esta imagem, publicada nos maiores jornais do mundo e veiculada em diversos sites de internet, é emblemática e serve para que pensemos sobre o que fazemos com o nosso planeta, com os países vizinhos, com as pessoas de nossa nação, com quem faz parte de nosso convívio diário. “É preciso amar!”, já diria o poeta.
O detalhe maior disto tudo: se este sentimento estivesse à frente de nossas atitudes, nenhuma das manchetes citadas no primeiro parágrafo apareceria nos próximos 5 mil anos...