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A PÁSCOA E AS PSEUDO-QUESTÕES DA IGREJA
sábado, abril 07, 2007
Foto de Fernando Menezes - "A espera de um milagre... que nunca chegará."
Sábado de aleluia. Assim costuma se chamar o dia que antecede o que chamamos, desde crianças, de domingo de Páscoa. Para os Cristãos, é tempo de relembrar as mazelas que Jesus Cristo sofreu, os tais três dias e, enfim, sua ressurreição. Muito discurso, encenações, práticas históricas.

Acabo de ler dois artigos de pessoas tidas como ícones do catolicismo no Brasil: Frei Betto e D. Eugênio Sales. Um questiona o Papa sobre rezar missas em Latim e sobre segundo casamento. O outro faz um texto prolixo e cheio de voltas para dizer que a única verdade que existe é caminhar ao lado de Jesus.

Parece que a Igreja Católica parou no tempo. O mundo está desmoronando, milhões morrem por dia abaixo da linha da pobreza, sabe-se lá que linha é essa, mas entende-se que são pessoas que passam dificuldades. Enquanto isso, os padres, arcebispos, bispos, cardeais, e o Papa, estão comendo um peixinho no fim de semana e vestindo suas roupas de gala para saudar o período. E discutem se pode ou não usar camisinha, se pode ou não falar em Latim, se pode ou não ter casamento gay. Não seria melhor sair dos castelos e ajudar o tal “povo de Deus”?

É preciso arregaçar as mangas, “autoridades católicas”. Se a Igreja tem alguma missão na Terra, é a de ajudar os outros. Leiam, em auto e bom som, a Bíblia. Contem suas estórias, ou histórias, como quiserem, catequizem os povos, mas façam isso levando ajuda efetiva aos excluídos do mundo “criado por Deus”. Chega de ouvir a defesa a uma felicidade falsa. Só ler a Bíblia não leva comida para mesa, ou remédio para os doentes.

A base deve sempre ser o amor, mas é difícil falar em um amor tão platônico quanto este que os comandantes da Igreja dizem sentir por todos. Igreja não tem que guardar dinheiro. Não tem que arrecadar para si. Para que ter castiçais de ouro? Para tomar um “vinhozinho” dizendo que é o “sangue de Cristo”? Milhares têm o sangue derramado diariamente e são irmãos... ou não são? Lá, a Igreja Católica não chega. E se chega, é só em palavras. Palmas para as raras iniciativas movidas pela Igreja, a fim de não fazer nenhuma injustiça neste texto.

Para terminar, falo de mais hipocrisia. As Igrejas Evangélicas, que adoram uma teoria também, caminham para o mesmo caminho. Se já não estão. O que se vê é muito dinheiro rolando “por cima” e muita gente pobre se esgoelando nas missas.

Ter fé ou não ter é algo muito pessoal. E assim deveria ser tratado. Associem-se sim, mas para ajudar os outros, para buscar dar alento aos que precisam. Não para dizer, a quem não tem nada, que Jesus vai resolver. Até porque não vai. E não é nada justo colocar tudo na conta do “Senhor”.
posted by S. N. @ 13:38   0 comments
O Autor

Nome: S. N.
Local: Rio de Janeiro, Brazil
Sobre o Autor: Jornalista.

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